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Linhagem sanguínea dos Illuminati é a MESMA - Nova Ordem Mundial

terça-feira, 18 de maio de 2010

Enzima


Enzima
A importância das enzimas é ilustrada pela ocorrência do albinismo, doença congênita
que se manifesta pela despigmentação da pele, dos cabelos e da íris. O albinismo
deve-se à falta da tirosinase, uma das muitas enzimas que regulam o metabolismo e as
funções dos organismos vivos.
Enzima é a designação geral de várias proteínas complexas, especializadas na catálise
de reações biológicas - facilitam e aceleram a maior parte das reações bioquímicas
que ocorrem no interior das células dos animais, vegetais e microrganismos. Como a
catálise ocorre sem intervenção de reagentes, as enzimas não se consomem ao longo
do processo.
Existem diversos tipos de enzimas, com ação e finalidade não muito variadas. Assim,
contribuem para que as moléculas dos princípios nutritivos (proteínas, gorduras e
hidratos de carbono) se desdobrem em outras menores, durante a digestão dos
alimentos. Também facilitam a passagem dessas moléculas para o sangue através da
parede intestinal, catalisam a formação de moléculas grandes e complexas destinadas
a produzir os constituintes celulares, favorecem o armazenamento e consumo de
energia. Em termos estritamente fisiológicos, as enzimas também ativam as funções
da reprodução, os processos da respiração e da visão e todos os demais mecanismos
biológicos.
Constituição das enzimas. Do ponto de vista químico, as enzimas caracterizam-se por
apresentarem em sua estrutura uma proteína - substância orgânica complexa que
contém nitrogênio em sua molécula e que, por decomposição hidrolítica ou adição de
água, produz aminoácidos.
A maioria das enzimas constitui-se de uma proteína e de um componente chamado
co-fator, que pode estar ausente. A proteína completa (enzima + co-fator) é a
holoenzima. Suprimido o co-fator, a proteína perde sua atividade e recebe o nome de
apoenzima. O co-fator pode ser um metal (por exemplo, ferro, cobre ou magnésio),
uma molécula orgânica de tamanho médio chamada grupo protético, ou um tipo
especial de molécula que atua como substrato e se conhece como co-enzima. Esse cofator
facilita a função catalítica da enzima, como é o caso dos metais ou grupos
prostéticos, ou participa da própria reação catalisada, ação típica das co-enzimas.
Forma de atuação das enzimas. As moléculas existentes nas células constituem
compostos com alto grau de estabilidade, determinado pela magnitude da energia
armazenada nas ligações entre os átomos que as compõem. Para ativar uma reação,
seria preciso energia suficiente para romper tais ligações. A presença de enzimas no
organismo dispensa a necessidade desse acréscimo de energia, pois se unem às
moléculas para formar compostos complexos intermediários, que se decompõem e
constituem os produtos finais. As enzimas liberam-se da reação sem sofrerem
mudanças e ficam preparadas para continuar sua ação de catalisadores na formação de
novos produtos.
A característica principal da ação enzimática sobre o organismo é sua especialidade.
Cada tipo de enzima atua sobre um composto ou substrato associado, cuja estrutura
deve encaixar-se à da enzima de modo que os centros ativos coincidam perfeitamente.
Esse processo pode ser comparado com a relação entre uma chave e sua fechadura,
pois cada substrato possui uma enzima específica, capaz de abrir os caminhos para
sua transformação.
Os grupos catalíticos dos centros ativos de uma enzima atuam com um rendimento
mais de um milhão de vezes maior que o de outras substâncias análogas numa reação
não-enzimática.
Inibição das enzimas. Existem compostos de estrutura semelhante ao substrato de uma
enzima que, ao se unirem ao centro ativo desta, impedem que ela desenvolva sua ação
catalítica de maneira irreversível ou reversível (inibição competitiva).
Outros inibidores atuam sobre uma parte da estrutura da enzima diferente do centro
ativo, de modo que, se esse centro for afetado, ocorre um bloqueio definitivo da ação
da enzima; em caso contrário, a inibição é reversível (não-competitiva). Em virtude de
sua natureza protéica, as enzimas desnaturam-se e inativam-se acima de 60o C ou em
presença de meios muito ácidos ou muito alcalinos.
Nomenclatura. O nome aplicado às enzimas deriva do nome do substrato sobre o qual
elas atuam, a que se acrescenta a terminação "ase". Assim, as carboidrases atuam
sobre os hidratos de carbono ou carboidratos, as fosfatases sobre os fosfatos etc. Há
ainda nomes instituídos pela tradição, como a pepsina, a tripsina ou a pancreatina.
As reações enzimáticas classificam-se em seis grandes grupos, que por sua vez se
subdividem de acordo com os tipos de substratos participantes e as reações: as óxidoredutases
catalisam os processos de oxidação-redução nas células, ocasionados pelo
intercâmbio de elétrons ou partículas elétricas elementares entre os diferentes átomos
que intervêm; as transferases, que facilitam o transporte de grupos de um doador para
um receptor, incluem o subgrupo das aminotransferases ou fornecedoras de
aminoácidos; as hidrolases catalisam a decomposição por adição dos constituintes da
água; as liases rompem ligações químicas por uma via diferente das anteriores; as
isomerases favorecem as redistribuições no interior das células; e as ligases aceleram
a união de moléculas sob a ação do portador mais importante de fosfatos e energia, o
trifosfato de adenosina (ATP). Nos dois primeiros grupos se acha a metade das mil e
poucas enzimas que se conhecem.
Aplicações. O estudo da natureza das enzimas e de sua atuação teve grande utilidade
na medicina: determinados tratamentos se baseiam na inibição das enzimas que
acompanham as bactérias, com o que se detém a ação infecciosa destas. As
sulfonamidas, por exemplo, são elementos bloqueadores das enzimas bacterianas. As
enzimas são também utilizadas em diagnósticos médicos e contra reações
desfavoráveis em pessoas alérgicas à penicilina. Em certos casos, administração de
enzimas serve para controlar sua falta no organismo, assim como para corrigir
anormalidades derivadas de doenças.
Uma das principais aplicações industriais das enzimas é na produção do álcool etílico
(etanol) pelo processo de fermentação, que utiliza enzimas na conversão da sacarose
em etanol. Na fabricação de produtos como pão, queijos, cerveja, vinho etc., em que
há fermentação de leveduras, os novos conhecimentos sobre enzimas são utilizados
para controlar e melhorar sua qualidade. O curtimento de couros e a limpeza de
tecidos são alguns dos numerosos processos químicos e industriais que empregam a
ação catalítica das enzimas para favorecer reações da matéria orgânica.

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